O enigmático primeiro parágrafo faz eco do título e entender-se-á no último parágrafo dum romance que decorre em causa e consequência.
É-nos dado a conhecer Sira Quiroga nascida no verão de 1911 em Madrid; filha de uma modista, será esse também o seu destino. Trabalham num ateliê chique que não se vê abalado com a Primeira Grande Guerra mas que não resiste à Segunda Républica.
Seguem-se tempos de arrebatamento, fortuna, desgosto e desgraça que a levarão a outras geografias. O tempo centra-se nas costuras exímias. São constituídas narrativas do quotidiano a partir de personagens verosímeis: Candelaria, a Candongueira. Felix Aranda, em jeito de Pigmaleão, Jamila, a leal auxiliar, Marcus Logan em amorosa aproximação.
É uma Sira diferente que irá pisar outros palcos em missões arriscadas numa cativante mistura de realidade e ficção. O período histórico e o espaço geográfico mas sobretudo social permitem refletir sobre a História e os modos de registá-la.
A reter: o belíssimo interior da capa e bandanas com réplicas de mapas, postais, fotografias e selos das rotas de Sira Quiroga.
Leia, porque ler é um prazer!
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