Vitorino Nemésio nasceu a 19 de Dezembro de 1901 na Ilha Terceira Açores e faleceu a 20 de Fevereiro de 1978 em Lisboa.
O gosto pela expressão verbal surgiu muito cedo em Vitorino Nemésio. Enquanto aluno do 4º ano do liceu dirigiu um semanário intitulado Estrela D’Alva, rotulado de «revista literária, ilustrada e noticiosa». A sua estreia no campo das letras deu-se em 1916 com a publicação do livro de versos Canto Matinal. As suas primeiras obras são ainda imaturas, porém em 1924, já radicado em Coimbra, sob a chancela da Imprensa da Universidade de Coimbra, Vitorino Nemésio publica o volume Paço do Milhafre, com prefácio de Afonso Lopes Vieira, onde nitidamente se evidencia o seu inegável talento de grande prosador e de grande ficcionista.
Em Coimbra matriculou-se na Faculdade de Direito, passou pelo curso de História e de Geografia da Faculdade de Letras, mas foi em Filologia românica que se licenciou. Curso que terminou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1931, com elevadas classificações, tendo sido logo convidado para leccionar Literatura Italiana como professor auxiliar.
Nemésio casou a 12 de Fevereiro de 1926 com D. Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, também açoriana, que veio a ser além de excepcional companheira, uma admirável colaboradora da sua obra de investigador.
Doutorou-se em 1934 com a dissertação A Mocidade de Herculano até à volta do Exílio.
Em 1935 Vitorino Nemésio parte para Montpellier onde dá aulas de Português e se inicia nos grandes poetas franceses contemporâneos. Mais tarde lecciona na Universidade de Bruxelas e em 1940 passa a ser professor catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa, pronunciando ali a sua última lição em 1971.
Na década de 20 e 30 publicou entre outras as seguintes obras: Varanda de Pilatos (1927); Sob os signos de Agora (1932); Relações Francesas do Romantismo Português (1936); Isabel de Aragão, Rainha Santa (1936); A casa fechada (1937). Na década de 30 fundou e dirigiu a Revista de Portugal.
“Poderá dizer-se, pois, que, ao terminarem os anos Trinta, plenamente quedava firmada a fasciculada profundidade do talento de Vitorino Nemésio como poeta, ficcionista, ensaísta, crítico e erudito”. Doravante, a sua «biografia» será essencialmente a história dos seus livros, a história da sua docência universitária, a história das suas múltiplas intervenções a variadíssimos níveis (…) na vida cultural do País e na projecção dessa mesma vida cultural em países estrangeiros.”
O gosto pela expressão verbal surgiu muito cedo em Vitorino Nemésio. Enquanto aluno do 4º ano do liceu dirigiu um semanário intitulado Estrela D’Alva, rotulado de «revista literária, ilustrada e noticiosa». A sua estreia no campo das letras deu-se em 1916 com a publicação do livro de versos Canto Matinal. As suas primeiras obras são ainda imaturas, porém em 1924, já radicado em Coimbra, sob a chancela da Imprensa da Universidade de Coimbra, Vitorino Nemésio publica o volume Paço do Milhafre, com prefácio de Afonso Lopes Vieira, onde nitidamente se evidencia o seu inegável talento de grande prosador e de grande ficcionista.
Em Coimbra matriculou-se na Faculdade de Direito, passou pelo curso de História e de Geografia da Faculdade de Letras, mas foi em Filologia românica que se licenciou. Curso que terminou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1931, com elevadas classificações, tendo sido logo convidado para leccionar Literatura Italiana como professor auxiliar.
Nemésio casou a 12 de Fevereiro de 1926 com D. Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, também açoriana, que veio a ser além de excepcional companheira, uma admirável colaboradora da sua obra de investigador.
Doutorou-se em 1934 com a dissertação A Mocidade de Herculano até à volta do Exílio.
Em 1935 Vitorino Nemésio parte para Montpellier onde dá aulas de Português e se inicia nos grandes poetas franceses contemporâneos. Mais tarde lecciona na Universidade de Bruxelas e em 1940 passa a ser professor catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa, pronunciando ali a sua última lição em 1971.
Na década de 20 e 30 publicou entre outras as seguintes obras: Varanda de Pilatos (1927); Sob os signos de Agora (1932); Relações Francesas do Romantismo Português (1936); Isabel de Aragão, Rainha Santa (1936); A casa fechada (1937). Na década de 30 fundou e dirigiu a Revista de Portugal.
“Poderá dizer-se, pois, que, ao terminarem os anos Trinta, plenamente quedava firmada a fasciculada profundidade do talento de Vitorino Nemésio como poeta, ficcionista, ensaísta, crítico e erudito”. Doravante, a sua «biografia» será essencialmente a história dos seus livros, a história da sua docência universitária, a história das suas múltiplas intervenções a variadíssimos níveis (…) na vida cultural do País e na projecção dessa mesma vida cultural em países estrangeiros.”
David Mourão-Ferreira in O essencial sobre Vitorino Nemésio
Como docente universitário, estagiou em França, na Bélgica, no Brasil, em Espanha, na Holanda, sendo distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Montpellier e de Ceará. De 1938, data da publicação de O Bicho Harmonioso, a 1976, data de Sapateia Açoriana, desenvolveu uma intensa actividade poética, “revelando-se independente de escolas e doutrinas e feixe de novas encruzilhas a apontar outros caminhos”.
No panorama do romance português, Mau tempo no Canal (1944) ocupa um lugar de relevo como romance-tragédia que retrata os conflitos de uma sociedade patriarcal do primeiro quartel do século, integrada na asfixiante realidade insular.
Recebeu em 1966 o Prémio Nacional de Literatura e, em 1974, o prémio Internacional Montaigne. Em 1963, tornou-se sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e a partir de 1969 foi também colaborador do programa Se bem me lembro da RTP.
Bibliografia consultada:
- Ferreira, David Mourão - O essencial sobre Vitorino Nemésio. – [Lisboa]: INCM, 1987
- Garcia, José Martins – Vitorino Nemésio: a obra e o homem. – Lisboa: Arcádia, 1978
- Dicionário Cronológico de Autores Portugueses. Mem Martins : Publicações Europa América, 1998.
Consulte o catálogo da rede de bibliotecas de Arganil em http://www.bibliotecas.cm-arganil.pt/ e veja quais as obras do autor que temos disponíveis.
Nota: Para fazer a pesquisa por autor deve-se inverter o nome, isto é: Nemésio, Vitorino
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Para consultar na internet:
Exposição comemorativa do centenário do nascimento de Vitorino Nemésio (1901-1978) - http://purl.pt/161/1/
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